segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Biografia de Frei José de Santa Rita Durão

     Santa Rita Durão ou Frei José de Santa Rita Durão foi um religioso brasileiro, poeta, orador e um dos grandes representantes da poesia épica brasileira na época da colonização.

     Nasceu em Cata Preta, nos arredores de Mariana, em Minas Gerais, no ano de 1722. Estudou com os jesuítas no Rio de Janeiro. Deixa o Brasil em 1731 para estudar em Lisboa, onde ingressa, em 1737, na Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho, cuja regra professa no ano seguinte. Nunca mais voltou ao Brasil.

     Formou-se em Filosofia e Teologia pela Universidade de Coimbra, alcançando o título de doutor em 1756. Por volta de 1759, fez uma pregação contra os padres da Companhia de Jesus pela expulsão dos jesuítas, mas depois se arrependeu.

     Durante a repressão do “período pombalino”, Durão foi para a Itália onde passou vinte anos. De volta a Coimbra, após a reforma realizada pelo Marquês de Pombal, passou a lecionar Teologia na Universidade de Coimbra e posteriormente foi nomeado Reitor da mesma Universidade.

     Viajou pela Espanha, Itália e França, quando publicou seu poema épico chamado “Caramuru”, em 1781, o qual tem como subtítulo “Poema épico do Descobrimento da Bahia". O poema segue a estrutura dos versos camonianos (de Camões) e da epopeia clássica, com fortes influências da mitologia grega.

     Conta a lenda que Diogo Álvares Correia, tendo naufragado nas costas do Brasil com alguns companheiros, foi recolhido pelos índios, que maravilhados com sua espingarda, evitaram sua morte e lhe deram posição de respeito na tribo. Amou muitas índias, mas Moema foi a sua amante mais ardente. Os indígenas lhe conferem poderes sobrenaturais e destinam-lhe Paraguaçu como esposa. Na partida do navio que o levava para Paris, uma multidão de índias se atira nas águas chamando e lamentando a partida do amante. Moema, mais furiosa e desesperada agarra-se no leme, amaldiçoa Diogo e Paraguaçu, desfalece e desaparece nas águas.

     O poema épico foi dedicado a D. José I, a quem solicita atenção ao Brasil e aos indígenas. Para realização de sua obra pede inspiração a Deus. A reação da crítica e do público ao seu poema foi tão fria que Santa Rita Durão destruiu o restante de sua obra poética.
     
     Santa Rita Durão faleceu em Lisboa, Portugal, no dia 24 de janeiro de 1784.




Bibliografia:

Ebiografia
Silenciosa Sintonia
Wikipédia 

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